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Capivari,30/09/2024

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Patologista clínico Dr. Luiz Teixeira da Silva Júnior concede entrevista sobre doação de órgãos


Patologista clínico Dr. Luiz Teixeira da Silva Júnior concede entrevista sobre doação de órgãos
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O patologista clínico Dr. Luiz Teixeira da Silva Júnior, especialista em captação, doação e transplante de órgãos e tecidos pelo Hospital Israelita Albert Einstein, e ex-superintendente do Hospital Dr. Francisco Moram, enfatizou que a doação de órgãos é um gesto de solidariedade e amor ao próximo. Esse ato altruísta tem sido fundamental para salvar inúmeras vidas anualmente.

A conscientização pública sobre a importância da doação de órgãos é essencial para aprimorar o cenário dos transplantes no Brasil. Atualmente, mais de 80% dos transplantes realizados são bem-sucedidos. Conforme o Dr. Luiz mencionou nesta reportagem, esse índice tende a crescer, já que pesquisadores da Universidade de São Paulo estão explorando novas formas de ampliar a oferta de órgãos para transplantes no país, incluindo estudos sobre o uso de rins de porcos em seres humanos.

Durante sua atuação no Hospital Dr. Francisco Moram, Dr. Luiz foi responsável pela implantação de mais de 15 novos equipamentos de hemodiálise. Apesar de seus esforços para oferecer um atendimento digno, de qualidade e humanizado, ele reconhece que ainda é insuficiente, pois a vida desses pacientes fica limitada durante duas, três, ou até quatro horas por dia, dependendo da máquina para renovação. Uma paciente compartilhou com o Dr. Luiz: “Eu gosto da máquina porque ela cuida de mim, mas meu sonho é sair daqui”.

O transplante de órgãos representou um avanço significativo na medicina, mas não eliminou a espera por um órgão compatível. Agora, novas pesquisas prometem transformar essa realidade.

No Centro de Estudos do Genoma Humano da USP, uma equipe de cientistas está desenvolvendo dois novos tipos de transplante. A pesquisa é conduzida por Mayana Zatz, uma das principais geneticistas do Brasil, e pelo Dr. Silvano Raia, pioneiro no transplante de fígado no país.

Em um dos estudos, os pesquisadores estão trabalhando em técnicas para transplantar rins de porcos para seres humanos. “O porco, embora pouco reconhecido, é um dos vertebrados superiores mais próximos do ser humano, com um ciclo biológico muito similar ao nosso, além de serem de fácil manejo”, explicam. A edição genética desses animais visa reduzir o risco de rejeição durante o transplante para humanos.

Uma vez que uma linhagem de porcos geneticamente modificados é estabelecida, todos os descendentes compartilham as mesmas características, o que facilita a produção em larga escala.

Em outra pesquisa, os cientistas estão desenvolvendo uma técnica de transplante de fígado que envolve a remoção de todas as células de um fígado doado, deixando apenas uma estrutura branca e oca composta por proteínas, conhecida como arcabouço. Essa estrutura, por não conter células, não provoca rejeição durante o transplante.

Com células-tronco do próprio paciente, os pesquisadores conseguem gerar, em laboratório, os diferentes tipos de células que compõem o fígado. Essas células são então inseridas no arcabouço do fígado doado e se multiplicam, seguindo um "manual" que dita seu comportamento e localização. Com esse fígado reconstruído, o paciente não precisaria de imunossupressores, os medicamentos usados para prevenir a rejeição do novo órgão. "Devemos considerar tanto o benefício ao paciente quanto a economia para o estado, uma vez que o custo da imunossupressão ao longo da vida é alto. Esses recursos poderiam ser direcionados para mais transplantes, beneficiando um número maior de pacientes", destacou o Dr. Luiz.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) financiou esses estudos, que serão apresentados em Londres.

Os pesquisadores acreditam que essas técnicas estarão prontas para testes em humanos dentro de dois a três anos.

Por outro lado, o diretor de transplantes do Hospital das Clínicas, Luiz Carneiro, acredita que o uso de órgãos de porcos é a inovação mais próxima de se tornar realidade. “O paciente terá melhores resultados, e o impacto socioeconômico será mais positivo. É esse o cenário que eu sonho todos os dias”, afirma.

Dr. Luiz Teixeira Júnior é Médico Patologista, com ampla experiência na área de Ciências Biomédicas. Atua na identificação de doenças e sintomas, orientando sobre os tratamentos mais adequados, com realização e solicitação de exames complementares e encaminhamento a especialistas. www.drluizteixeira.com.br

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