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Capivari,30/09/2024

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Em Capivari, CDHU retira família de área de risco e insalubre para moradia digna e segura

Moradoras de imóvel com condições precárias, mãe e quatro filhos foram os primeiros a serem atendidos pelo projeto piloto Recompra, lançado em agosto no município


Em Capivari, CDHU retira família de área de risco e insalubre para moradia digna e segura
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“Vou sair sem nem dar tchau, sem olhar para trás”. Foi assim que dona Raimunda Ferreira da Silva deixou definitivamente a residência onde viveu os últimos 40 anos para dar início a um novo capítulo de sua história. Moradora de Capivari, no interior de São Paulo, a autônoma, de 52 anos, finalmente conheceu neste mês sua nova casa após assinar um contrato com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) que garantiu a ela e a seus filhos um lar mais seguro e digno. 


O sonho da casa própria era antigo e só foi possível de ser realizado por conta de um novo formato de atendimento habitacional que a CDHU está realizando no município. Dona Raimunda e a família foram os primeiros a serem atendidos pelo programa. “Eu estava pedindo a Deus uma casinha para poder sair daqui. Quando chegou o recado, eu chorei. Fiquei muito feliz, era meu sonho sair dessa casa e conseguir um lugar bom para mim”, disse ela com lágrimas nos olhos. “A partir daqui, vai ser uma vida nova”, finalizou momentos antes de sair da casa antiga, que foi interditada e demolida pela Defesa Civil do município para evitar novas ocupações. 



Lançado em agosto deste ano como um projeto piloto em Capivari, o Recompra permite que a Companhia adquira os imóveis de mutuários com contratos ativos há pelo menos 18 meses, estando eles com as prestações em dia ou não, e que por algum motivo desejem mudar de casa. Desta forma, a recompra destes imóveis poderá proporcionar atendimento imediato a famílias que ainda esperam realizar o sonho da casa própria, em especial as que vivem em áreas de risco, como o caso de dona Raimunda.


O antes: o sonho de um novo lar


Localizada na comunidade São Luís, em Capivari, a casa em que a autônoma vivia, apesar de abrigar as memórias da construção e do desenvolvimento da família, trazia insegurança e precariedade. Isso porque, erguida sob um chão de terra batida e cimentada e com paredes de tijolo sem reboco, a residência, em épocas de chuvas, tinha goteiras que ultrapassavam as telhas já desgastas. Com isso, os móveis e eletrodomésticos comprados com tanto suor ficavam cada vez mais suscetíveis a avarias. 



A situação trouxe inúmeros momentos de angústia relembrados pela família. “Eu a vi muitas vezes falando ‘Deus me ajude pelo menos a comprar uma porta para minha casa’. Em tempo de chuva, ela ligava para mim e falava ‘filha está molhando tudo dentro da casa da mãe, vem aqui pelo menos para ajudar a arrumar o telhado para parar de molhar aqui’”, disse Maria Alaíde, a primogênita das filhas. 


A mudança de dona Raimunda para Capivari aconteceu há 40 anos, quando ela e o ex-marido partiram da cidade de Campinas para que ele pudesse trabalhar nos bambuzais do município. A princípio, o casal morava em um imóvel também precário. Tempos depois, mudou  para o terreno alagadiço e acidentado, sem infraestrutura de saneamento básico, onde construiu o pequeno imóvel para criar seus oito filhos, quatro dos quais ainda morarão com ela na nova residência. A esperança de ter um lar seguro, no entanto, sempre se manteve viva, como relembra a outra filha Simone. “Vamos lembrar o que ela falava? ‘ah, Deus ainda vai preparar minha casa ainda’. Deus é bom, mãe. Ele prepara algo perfeito para gente”, contou sorrindo ao abraçar a mãe. 


O depois: a realização do sonho


Ao se deparar com a casa nova, dona Raimunda hesitou por um segundo, quase não acreditando que o imóvel finalmente era seu. Porém, foi preciso apenas girar a chave, abrir o portão e dar o primeiro passo para ser tomada pelo choro de felicidade e realização. “A casa está bonita. Sempre foi meu sonho ter uma casa assim. Ela vai ajudar demais”, exclamou, depois de ter conhecido todos os cômodos. As filhas, que a acompanharam durante a mudança e entrega das chaves, relataram que a sensação foi a mesma. “A casa é linda, perfeita, do jeito dela”, disse Simone. 







Se antes a preocupação da família era com as goteiras, inundações e a falta de espaço, agora, com a nova casa, é outra - e muito mais feliz. “O Natal esse ano vai ser na casa dela”, disse também Débora, seguida pela irmã Denisa. “Cada um vai trazer um prato”, complementou com um sorriso no rosto enquanto a família abria as portas de cada cômodo da casa, ainda sem acreditar na conquista do novo lar.  


A residência, que fica localizada no Conjunto Teresa D’Avila e é a primeira a ser vendida para a CDHU pelo Recompra, possui sala, cozinha, banheiro e dois quartos, além de um quintal amplo que será território para as brincadeiras dos netos de dona Raimunda e dos churrascos para o encontro de toda a família. “Agora, a casa vai estar sempre cheia, vamos estar aqui todo o final de semana”, brincou também Simone. 




Depois de conhecerem todo o espaço, os sorrisos e as brincadeiras logo foram dando lugar ao choro de emoção e alegria das cinco filhas mulheres de dona Raimunda quando se deram conta que o sonho da mãe se tornou realidade. “A senhora merece, mãe”, disse Carol enquanto todas abraçavam a mãe limpando as lágrimas. 


O contrato para formalizar a compra foi assinado por dona Raimunda ao lado da família já no novo lar.  “Coisas novas, vidas novas a partir de hoje. Uma nova história vai ser construída”, disse a filha Carol. “Para quem queria só uma reforminha da casa, hoje tem uma casa toda murada, com portão, né? Uma casa que não vai mais chover dentro. Você lembra, mãe, da gente com os baldinhos? Agora é adeus goteiras”, comemorou Maria ao lado da mãe e das irmãs.


Condições facilitadas de pagamento e atendimento habitacional mais rápido


Para pagar o novo imóvel, dona Raimunda terá as facilidades concedidas pelas diretrizes da Política Habitacional do Estado de São Paulo, que preveem juros zero para famílias com renda mensal de até cinco salários-mínimos. Assim, d. Raimunda pagará praticamente o mesmo valor, de um pouco mais de R$ 280, ao longo de 30 anos, já que o contrato sofrerá apenas a correção monetária calculada pelo IPCA - índice oficial do IBGE. 


As condições facilitadas de pagamento garantiram um valor que coube dentro do orçamento da autônoma, que, segundo ela, também foi determinante para realizar o sonho da mudança de casa. “Se não fosse dessa forma, eu não ia conseguir comprar. Então, ajudou demais. O valor realmente está muito bom”, disse. 


Além disso, o projeto de Recompra permitiu que a família de dona Raimunda conseguisse conquistar seu novo lar de forma mais rápida, sendo retirados de forma imediata da área de risco em que moravam. Ou seja, ao mesmo tempo em quem acelera o atendimento habitacional para quem mais precisa, o programa também traz condições de impulsionar famílias atendidas pela CDHU que ao longo dos anos elevaram seus patamares socioeconômicos e agora podem subsidiar outras moradias. 


Uma Recompra conectando histórias


A chegada de d. Raimunda ao conjunto construído pela CDHU foi possível porque Daniel Francisco Paes Júnior, 47 anos, casado e com três filhos, realizou a primeira transferência do programa Recompra. O técnico de enfermagem arrumou um emprego em Jundiaí, a cerca de 90 quilômetros de Capivari, e precisava vender o imóvel virar a página definitivamente. "A CDHU foi muito importante nos dez anos que morei em Capivari, deu uma estrutura para minha família. Tenho muito o que agradecer, foi muito benéfico", avalia ele, que deseja à família de d. Raimunda sucesso na nova etapa. "Da mesma forma que me estabilizei tendo um ponto de partida, que é ter uma casa, a d. Raimunda vai ter. Porque a casa cumpre esse papel social, de tirar as pessoas de uma sub moradia e ter uma condição melhor. Isso é importantíssimo para a d. Raimunda e para os familiares dela com dignidade né? Que é ter um endereço, isso é importantíssimo", complementa o técnico de enfermagem. 


Daniel também elogia a oportunidade que o Recompra trouxe para ele e para a família, mas ainda mais a possibilidade de ajudar as pessoas que mais necessitam de maneira rápida. "É um projeto que dá celeridade. Para construir uma comunidade, com várias casas, requer tempo. Com essa Recompra, é mais rápido, porque a pessoa adquire e já vai para dentro da casa".


No programa, os imóveis que melhor atendam as necessidades habitacionais da CDHU terão preferência. O valor de recompra será definido a partir da avaliação de mercado do imóvel, podendo ser de até R$ 200.000 reais. Além disso, serão levados em conta o valor de referência da dívida a partir do prazo remanescente do contrato e a dedução de débitos contratuais e tributários, como o IPTU. A proposta final deverá ser entre 30% e 60% do valor da avaliação de mercado feita pela CDHU.


Os mutuários dos Conjuntos Capivari A, C e D, inclusos no projeto, que tiverem interesse em participar do programa poderão entrar no site da CDHU e se inscrever na Central de Serviços, onde também podem encontrar o edital com a descrição de todas as regras, pelo link: https://cdhuonline.cdhu.sp.gov.br

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