Não parece, mas debaixo de um mar de lixo e entulho, há um rio. Com o alto volume de chuvas registrado na região de Campinas no início de novembro, um trecho do Rio Capivari, em Monte Mor (SP), apresenta um cenário desolador.

A prefeitura de Monte mor reconhece o problema, mas alega que nem todo o lixo é da cidade, e que pediu apoio ao governo estadual pois não tem recursos para solucionar a questão.

Quem mora próximo do local lembra com saudade de quando o visual era bem diferente, e mostra indignação com o descaso. Em vez de água, o que se vê são milhares de embalagens plásticas, pedaços de isopor, galhos, vidros e até pedaços de colchão.

"O sentimento é dos piores. Eu nadei nesse rio, eu tomei água desse rio, onde nós estamos, era captada água para fazer abastecimento da cidade, e hoje a gente vê numa situação dessas", lamenta o fotógrafo Nelson Brasil Filho.

Para o morador, que denuncia a situação, é necessário uma maior conscientização para que as pessoas deixem de jogar lixo, mas que apesar disso, o trabalho de limpeza não pode ser demorado.

"A primeira coisa a ser feita deve ser para de joga lixo, mas de imediato é limpar", diz.

Segundo a prefeitura, o problema na região da Ponte da Bombinha, já conhecido, se agrava com a chegada do período de chuvas, mas a administração destaca que o lixo acumulado no local não é exclusivamente do município, mas a soma de materiais levados pelas águas em diversas cidades e afluentes pelo caminho do Rio Capivari - antes de Monte Mor, ele passa em uma parte de Campinas.

A prefeitura informou que pediu auxílio ao governo estadual e ao PCJ, pois sozinho não tem como resolver o problema.

Em 2022, foi realizada um limpeza no rio com colaboração das cidades vizinhas, mas nenhuma outra medida foi adotada como forma de prevenção.