Empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach é executado em atentado no aeroporto de Guarulhos
O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, executado a tiros no aeroporto de Guarulhos nesta sexta-feira (8), já havia sido alvo de um atentado em seu apartamento no Jardim Anália Franco, em São Paulo, no Natal do ano passado. Na ocasião, enquanto tentava fotografar a lua, disparos foram feitos em sua direção, mas ninguém ficou ferido. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o ataque.
Desde o final de 2022, Gritzbach e sua família enfrentavam ameaças do PCC (Primeiro Comando da Capital), especialmente após a morte de dois membros da facção. Informações indicam que a organização criminosa oferecia um prêmio de R$ 3 milhões pela morte do empresário, que atuava na venda de imóveis de luxo e tinha laços com figuras influentes do crime.
Gritzbach, formado em administração e engenharia, desenvolveu uma amizade com Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como “Cara Preta”, que se apresentou como empresário de jogadores de futebol. O empresário vendeu diversos apartamentos para “Cara Preta” e ambos se envolveram em investimentos com Pablo Henrique Borges, um investidor de criptomoedas que já foi preso por um esquema financeiro que causou prejuízos de R$ 400 milhões.
A defesa de Gritzbach alega que ele foi injustamente apontado como mandante do assassinato de “Cara Preta” e seu motorista, “Sem Sangue”. Documentos da investigação revelam que “Cara Preta” começou a desconfiar de desfalques e exigiu que Gritzbach prestasse contas, levando a uma escalada de cobranças. A polícia, no entanto, aponta Gritzbach como o mandante do assassinato, ocorrido em dezembro de 2022, na Vila Formosa, zona leste de São Paulo.
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